TS Croquis: DESENHO DE MODA

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A gente consegue fazer um produto inteiramente popular e ao mesmo tempo muito elaborado – não apenas eu, as novelas das nove em geral. O que me entristece nos críticos, o defeito fundamental, é que eles localizam que a novela precisa de ser escrita pra eles. Quando não é. Ela precisa de ser escrita para quarenta milhões de pessoas. Isso determina limites ao que você podes digitar e, ao mesmo tempo, não se podes ambicionar agradar meia dúzia de pessoas. O intuito é ter audiência, não é outra coisa.

O blogueiro fofoqueiro Téo Pereira (Paulo Betti) vem só da tua observação da imprensa ou é uma vingança aos jornalistas que o incomodam? Mais dicas , não é uma vingança. Eu queria um protagonista que pudesse conversar por mim, do que eu penso de um correto tipo de jornalismo, esse que a gente sabe como é leviano, dos blogs de futrica, do vale tudo. fonte original assim formei o Téo. E por que fiz o Téo tão pintoso? Pelo motivo de isto o transforma num estereótipo, que é o que eu queria. O Cláudio (José Mayer) é outra coisa, é alguém.

O Téo é um boneco de desenho animado e, como tal, ele pode tratar as coisas mais pavorosas. Se ele fosse sério, as pessoas iam se escandalizar. Nos últimos dias, tem chamado a atenção pela novela o líder sem-teto inescrupuloso que se aproveita dos militantes do teu movimento popular, Cardoso (Ravel Cabral).

• Algumas raças têm dificuldades crônicas pra percorrer, já que nascem com deformidades nos ossos
• 4 O Profissional que Anima
• 5- Bola de Gude
• Quando: 7/3 a 25/4. Sáb.: das 14h às 17h
• onze “Enrolados pela rede”
• Dicas para desenhar mangá
• Pintura a Óleo I

É um personagem de certa forma surpreendente pra um autor que chegou a ser confinado político como o senhor. É impressão ou o senhor se desencantou com a esquerda? Sim. Eu quis tocar desse tema pelo motivo de a gente sabe que não há caminho menos difícil para receber dinheiro neste nação do que desenvolver uma ONG.

Entretanto, primeiro, nunca fui bem-visto pela esquerda naquela época. A esquerda era o Partidão, que predominava nas redações, até visto que tinha pessoas talentosíssimas e o doutor Roberto Marinho fazia super bem em ceder emprego para eles. E eu era uma figura maldita, muito novo pra estar na redação – tinha 20 anos quando cheguei ao Rio.

Era pintoso, meio despudorado e a esquerda a toda a hora achou isso suspeito – nunca me deram muita bola. Depois, fui visualizando que havia muita hipocrisia. Um cara, a título de exemplo, era do Partidão e tinha mais de um emprego público, em plena ditadura. Depois, fui me desencantando de vez com a esquerda no Brasil. A esquerda satanizou demais a direita. Por todo estado civilizado existe esquerda. E a direita não é o diabo, do mesmo jeito a esquerda assim como não é.

Neste local, não. Acesse que eleição após eleição, todos os candidatos dizem que são de esquerda! Comecei a achar que este jogo é meio esquisito. Percebi que o universo é ambíguo, as pessoas são deste jeito. Desta maneira, a esquerda também possui as tuas figuras execráveis. Passei a imaginar em vista disso. E, depois, veio essa ascensão desastrosa do PT.